Cirurgia Micrográfica de Mohs

O que é a cirurgia Micrográfica de Mohs

Em 1941, Frederic Mohs descreveu nova técnica cirúrgica de remoção por etapas de cânceres de pele através de fixação in situ de tecido cutâneo. Mesmo após modificações na técnica desde então, a cirurgia micrográfica de Mohs pode ser considerada a técnica mais refinada, precisa e efetiva para o tratamento dos tipos mais frequentes de câncer da pele.

O procedimento consiste na retirada do câncer da pele, camada por camada, e do exame de cada uma delas ao microscópio, até que se obtenha margem livre, ou seja, até a remoção completa do tumor.

É especialmente indicada para carcinomas basocelular e espinocelular, mas também indicado para outros tumores mais raros como dermatofibrossarcoma.

Figura 1: A lesão é examinada por inteiro com cortes horizontais e só examinamos as margens laterais e profundas.
Figura 2: Escape tumoral no método tradicional.
Figura 3: Carcinoma Basocelular mal delimitado na orelha.

Vantagens

A cirurgia Micrográfica de Mohs é o tratamento com a maior taxa de cura, pois avalia na hora 100% das margens.

Os métodos tradicionais de controle intraoperatório de margens utilizam amostragem, podendo ocorrer um “escape tumoral”, quando uma margem comprometida pode não ser detectada, aumentando assim o risco de recorrência do tumor após cirurgia.

É a modalidade especialmente indicada para tumores em áreas estéticas, quando se deseja retirar a menor quantidade de pele possível para diminuir ao máximo o tamanho final da cicatriz.

Como é realizada

A cirurgia é feita com anestesia local, com ou sem sedação, em ambiente hospitalar. São retiradas camadas consecutivas até que que o tumor seja totalmente extirpado e a ferida é então reconstruída com a melhor escolha estética.

Indicações

Embora a cirurgia de Mohs sempre apresente maior taxa de cura do carcinoma basocelular e espinocelular em comparação aos demais métodos, ela não é necessária em todos os casos.

Por se tratar de uma cirurgia mais complexa e demorada, é geralmente indicada para situações em que é significativamente superior a outros tratamentos, como por exemplo:

• Tumores na face, especialmente área central;
• Tumores recidivados;
• Tumores mal delimitados.